sábado, 29 de janeiro de 2011

Ryan Hreljac e a “razão de sua existência” (“reason for his existence”)

                Criei este blog de forma reativa, pois estava cansado de ver notícias que mostravam somente o lado sombrio da humanidade, pois pela minha crença pessoal, existem pessoas naturalmente boas em meio a uma maioria evidente e naturalmente propensa a maldade (conforme nos mostra a história da humanidade e em muitos casos, de nossa contemporânea vizinhança).

                I created this blog in a reactive way, because I was tired of seeing news that showed only the dark side of humanity, because in my personal belief, there are people naturally good in the midst of a most obvious and naturally prone to evil (as we shall show the history of humanity and in many cases, our contemporary neighborhood).
                No início foi fácil, pois nomes evidentes surgiam aos montes. Mas ao passar das postagens, encontrar estes abnegados se tornou uma tarefa mais árdua, mas não menos interessante.

                At first it was easy, as evident names appeared in droves. But over the posts, find these selfless became a more arduous task, but no less interesting.

                Então, eis que encontro o nome deste rapaz... Quase impronunciável – Ryan Hreljac – nascido em Ontário, Canadá, em 1991, e que aos 6 anos, em uma aula sobre a falta de água potável na África, soube que crianças poderiam ficar doentes e até morrer.

                So here I find the name of this guy ... Almost unpronounceable - Ryan Hreljac - born in Ontario, Canada in 1991 and when he was 6 years old,  in a class about the lack of clean water in Africa, knew that children could become sick and even die.
                Na volta pra casa, passou por uma fonte que jorrava água por horas e horas, e decidiu pedir para a mãe lhe dar US$ 70,00, que era o valor que sua professora lhe havia dito que custava cada poço aberto em território africano.

                On the way back home, went through a fountain gushing water for hours and hours, and decided to ask his mother to give him $ 70.00, which was the value that his teacher had told him that each well cost in the African territory.

                Quando juntou os 70 dólares em troca de fazer tarefas em casa, Ryan foi com a mãe à sede da WaterCan, uma ONG que perfura poços em África, e lá descobriu que na verdade o preço de cada poço era de US$2000,00.

                When he joined the $ 70 in exchange for doing chores at home, Ryan was with his mother at the headquarters of Watercan, a nonprofit organization that drills wells in Africa, and there he discovered that in fact the price of each well was $ 2000.00.
                Sua mãe disse a Ryan que não teria como lhe dar este dinheiro, mas o garoto disse ao atendente que esperasse, que ele voltaria. E voltou!

                His mother said to Ryan she couldn’t  give him this money, but the boy told the dispatcher to wait, he would return. And he did!
                Após se juntar com irmãos, amigos e vizinhos, e após horas de trabalho e venda de produtos, ele conseguiu coletar US$ 700,00, e levou esta quantia até a WaterCan, que por sua vez prometeu inteirar o que faltava.

                After joining with brothers, friends and neighbors, and after working hours and selling product, he managed to collect $ 700.00, and led to Watercan this amount, which in turn promised to complete what was missing.
                Em 1999, a WaterCan abriu o poço financiado por Ryan Hreljac, os seus irmãos, vizinhos e amigos, numa aldeia do Norte do Uganda. A água começou a jorrar perto da escola primária de Angolo. E neste mesmo ano, Ryan criou a ONG Ryan’s Well (o Poço de Ryan). E desde então mais de quinhentas mil pessoas já conseguiram acesso a água potável.

                In 1999, WaterCan opened the well funded by Ryan Hreljac, his siblings, neighbors and friends, in a village at northern of Uganda. The water began to flow near the Angolo Primary School. And in this same year, Ryan created the Ryan's Well NGO (Ryan's Well). And since then more than five hundred thousand people have gained access to potable water.
                Ryan afirmou que entendeu a razão de ter nascido quando começou toda esta história, e até hoje (19 anos) ele continua se empenhando nesta luta através da ONG. Seu exemplo foi tão contagiante que os alunos da escola de Angolo, visitado por Ryan, dedicam um bom período pós aula todas as semanas aos doentes de AIDS e idosos da região, como forma de retribuição.

                Ryan said he understood why he was born when he started this whole story, and even today (19 years) he keeps working hard in this fight through NGO. His example was so infectious that the students at Angolo school, helped by Ryan, spend a good period after class each week to AIDS patients and elderly in the region, as a form of retribution.
                Espero continuar tendo estas boas surpresas e compartilhando com vocês. E mais, fazê-los acreditar, comigo, que não podemos afirmar que o ser humano é totalmente propenso ao mal.

                I hope to continue having these good surprises and sharing with you. Plus, make you believe, as me, that we can’t affirm that every human being is prone to evil.


8 comentários:

  1. Oi Anderson!
    Recebi um email que contava a história desse menino. Sempre é bom ficar sabendo sobre esses exemplos... pessoas que nunca desistem de lutar por seus objetivos. História comovente!

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  2. O mais interessante é a idade em que ele despertou para a ajuda ao próximo, apenas 6 anos - uma idade marcada principalmente pelo egocentrismo.
    Impressionante... Parece até que já veio programado!!!
    Abraço.

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  3. eu despertei para minha vocação mais ou menos com essa idade, mais trinta...

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  4. Eu desconhecia esta história até ontem, quando, na escola da minha filha, ela foi contada...Como é bom ouvir coisas com esta grandeza, como é bom ver uma criança de 6 anos arrecadando dinheiro para construir um poço em Africa!!! Nada de Ipod, Ifone, Ipig, aiaiai....
    Tão difícil passar valores de base para os nossos filhos, em um mundo tão banalizado! Mas não desisto, e lembro sempre, que o exemplo ainda é o grande professor, pois quem sai aos seus, não se degenera.
    Nós pais, temos uma grande responsabilidade com o mundo que vivemos e, se formarmos bons cidadãos, já estamos fazendo "alguma" coisa!!

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  5. Boa reflexão, Cacy... E fico muito contente com a professora de sua filha, por trazer ao conhecimento dos pequenos referências nobres, como é o caso deste menino que hoje é um homem.
    Neste meu blog, faço um trabalho de formiga para resgatar estes HERÓIS esquecidos do grande público.
    Obrigado por postar!

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  6. Oi boa noite !Sou do Brasil de SC e tive em uma palestra sobre sua grande Historia que me deixou emocionada pela sua atitude,nunca imaginei que uma criaça podesse ter essa grande atitude.
    Fico Feliz em saber que você mudou a vida dessas crianças.
    Parabéns Ryan
    Meu nome:Ana Paula
    meu email.anapaulad16@hotmail.com

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  7. Olá, Ana.
    Fico contente em ver que o post campeão de comentários é sobre este menino-herói.
    Sempre que tiver a oportunidade, divulgue esta história para as pessoas, e divulgue as histórias de milhares de heróis anônimos que existem por aí que não dão IBOPE.
    Obrigado.

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