sábado, 17 de outubro de 2009

Ciência e Religião - Albert Einstein

     Nos tempos atuais, onde o pragmatismo materialista e "científico" está sufocando a verdadeira religiosidade, vale a pena resgatar as palavras de alguém que passou por aqui e revolucionou a ciência, sem perder sua fé:




A Fé por Einstein


“A opinião comum de que sou ateu repousa sobre grave erro. Quem a pretende deduzir de minhas teorias científicas não as entendeu.

Creio em um Deus pessoal e posso dizer que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia atéia.

Não há oposição entre a ciência e a religião. Apenas há cientistas atrasados, que professam idéias que datam de 1880.

Aos dezoito anos, eu já considerava as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como irremediavelmente antiquadas. No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que estes cientistas costumam pressupor. Nele se depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformáveis. Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reações dessemelhantes e contraditórias da matéria.

Há, porém, várias maneiras de se representar Deus.

Alguns o representam como o Deus mecânico, que intervém no mundo para modificar as leis da natureza e o curso dos acontecimentos. Querem pô-lo a seu serviço, por meio de fórmulas mágicas. É o Deus de certos primitivos, antigos ou modernos.

Outros o representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias.

Outros, enfim, como o Deus interior, que dirige por dentro todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciência.”

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“A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico.

Este é o semeador da verdadeira ciência. Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa devanear e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.

Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias e a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas, esse conhecimento, esse sentimento está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.

A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica.

Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a idéias que faço de Deus.”

ALBERT EINSTEIN (1879-1955)

2 comentários:

  1. Procurei classificar, catalogar, enquadrar a Deus em minha teologia estanque, estática, mas Deus insistiu em escapar por entre os dedos, a ocultar-se atrás do véu do templo. Hoje creio no Deus de Einstein, do awasser, do Melo, do Brabo, no meu. Gosto de conversar com quem admite não conhecê-lo como convém, mas como Ele se permitiu conhecer. Aquele que congrega embaixo de suas asas filhos de todas as partes, todas as etnias, crenças, mas em comum o desejo de espelhá-lo em sua vida.

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